sexta-feira, 20 de julho de 2012

Tentando a brejeira no Juvenal Lamartine


O governo do estado está de volta com a conversa de vender o Estádio Juvenal Lamartine, no Tirol, por R$ 30 milhões, para, com o dinheiro construir um hospital e um novo estádio na zona norte de Natal.

É mentira. Porque todo mundo sabe que R$ 30 milhões não são suficientes para construir um hospital decente.

É mentira. Porque todo mundo sabe que R$ 30 milhões não dar para construir um estádio decente.

É mentira também, que não há solução de engenharia para fazer as adaptações necessárias para o velho estádio voltar a ser de uso profissional. Existe sim, a engenharia e a arquitetura tem a soluções tecnológicas, é só querer e procurar.

É verdade que há sinais de má-fé.

Ademais, para que construir um novo estádio se já está sendo construída a Arena das Dunas? Estampa ai o contraditório.

Será que o governo do estado vai construir outro estádio para concorrer com o consórcio empresarial capitaneado pela OAS, que vai explorar a Arena das Dunas nos próximos 20 anos, numa concessão negociada com próprio governo? Estranha equação.

Será que cidade vai mesmo precisar de mais outro estádio, depois que a Arena das Dunas estiver concluída?  Depois que Arena do Dragão, do América Futebol Clube estiver pronta, e o Frasqueirão de vento em popa?   

Por fim, não é tarde lembrar que o velho JL é patrimônio histórico de Natal, tombado pelo município. Não pode ser vendido assim na banalidade. E ainda tem função no futebol potiguar nas categorias de base e divisões inferiores. Deve continuar sendo um campo de futebol.  

A quem interessa a venda do velho estadinho encravado na área nobre do Tirol?

A quem o governo confessa?


* O termo brejeira na política norte-riograndense em meados do século XX era sinônimo de fraude eleitoral. Sumiço das urnas (Não havia urna eletrônica) e falsificação dos mapas eleitorais.

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