quinta-feira, 26 de julho de 2012

Desconstrução

Cefas Carvalho

Confissão: não mais te amo!

Como um estilete, um punhal
Um serviçal que insulta o amo
O amor estendido no varal

Submissão: aceito o não-amor
Como uma sina, um fado
Como quem destroça uma flor
E engole o espinho sagrado

Redenção: o amor morre!
Como morre a esperança
Hoje a indiferença me socorre
E o descaso me convida à dança.

 

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