terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Não derrubem os muros de jasmins

Jarbas Martins

Não derrubem os muros de jasmins
que a usura, as leis, o desamor não tecem.
Paralisam-se as dunas, os ventos ruins
ao baque de uma árvore enlouquecem.

A saltitar golfinhos não entretecem
e o elefante e suas danças de marfins.
Um iceberg fende-se, emagrecem
os rios esquecidos de seus fins.

O canto das baleias já ensurdecem,
a calúnia desata os seus mastins.
Não derrubem os muros de jasmins
que a usura, as leis, o desamor não tecem.

Não derrubem os muros de jasmins.

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